24 de agosto de 2013

Muda de Vida, 2013

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se a vida em ti a latejar

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será te ti ou pensas que tens... que ser assim

Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser assim

Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se a vida em ti a latejar

António Variações

15 de julho de 2009

ENCERRAR UM CICLO PARA QUE OUTRO POSSA SURGIR

Foi em 2005 que lançei a primeira 'semente' neste blog. Então, nesse altura, nunca imaginaria que pudesse chegar até aqui. Durante mais de quatro anos, dediquei parte do meu tempo, energia e empenho a este espaço. Umas vezes mais activo que outros, procurei sempre colocar a minha energia no estimulo e na divulgação da criatividade.
Como na vida, tudo tem um fim, e este blog, chega também ao fim do seu ciclo de vida. Não significa que eu tenha desistido de continuar "semeando" criatividade. Simplesmente, nesta forma, deixou de fazer sentido.
Agradeço aos muitos leitores, amigos e pessoas que se interessaram pelo que aqui publiquei e divulguei. A sua presença neste blog, foi também para mim um grande estimulo para continuar, até hoje.
Envio-vos a todos, queridos leitores, aquele abraço fraterno com o desejo que continuem lançando nas vossas vidas sementes de criatividade para um Mundo mais justo, livre e equitativo: porque continuo acreditanto que um Mundo melhor é possível.

22 de maio de 2009

Ser apenas 1 pessoa.

“Para ser grande sê inteiro...
Nada teu exagera ou exclui.
Sê todas as coisas.
Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda brilha...
...Porque alta vive.”

Fernando Pessoa


Toda a vida quis Ser. Ser algo com letra MUITO GRANDE... enfim, mais 1 alma atormentada pelo complexo de pe q u e n es.
Ser filho foi o primeiro que fui. Filho da mãe e do pai que não me pariu, mas ajudou a que pudesse Ser - um pequeno recém-nascido. Já lá vão (quase) 40 anos. Nessa altura, o que seria para os meus pais? - uma esperança, um 'regalo' de Deus, uma benção ou uma maldição? Nesse momento os meus pais não podiam saber, quem viria a Ser esse recém-chegado.
Busquei na infância, por entre memórias de sofrimento, de dor, de solidão, de maus tratos, de abandono, por quem Era... a resposta não vinha... mas também, e sempre, por entre tanta incógnita, com muita esperança: um dia as coisas iriam mudar na vida. Quando fosse grande, Seria ALGUÉM!
Busquei durante mais de uma década, por Mim. Queriam que fosse médico. Queriam que fosse, BOM, GRANDE, RESPONSÁVEL, CUMPRIDOR, ESTUDANTE, TRABALHADOR, paciente, conciliador, etc, etc, etc...
Acreditava muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito,........ que um dia seria esse ALGUÉM. Então na juventude, conheci as primeiras utopias humanas - o AMOR e a POLÍTICA.
Não sei qual das duas conheci primeiro. Qual das duas me enamorei primeiro. Não importa, porque as duas não são a mesma. Não importa, porque mais tarde (mais cedo do que imaginava) vieram as primeiras desilusões. Uma grande oportunidade para crescer, para medrar como uma Pêra.
As dores crescimento, são apenas a segunda fase das dores do nascimento. A primeira de todas as descobertas é o prazer, e logo a seguir a frustação. Uma e outra são também complementares - ou em termos de gestalt - são polaridades.!.sedadiralop
Cresci, mais, e mais e mais... amei, prometi, traí, fugi, voltei, fiquei, fui, voltei...cresci. Fui pai, amei! Fui o que fiz durante mais de uma década. Fui artista, poeta, inventor, designer, criador, contador-de-histórias-mais-ou-menos-divertidas, professor, político, activista, contesdador, defensor, associativo, social, aprendiz... e sigo sendo.
Descobrir quem somos, ou o que somos, é muitas vezes uma meta que perseguimos, sem ter claras as nossas verdadeira necessidades, e os nossos verdadeiros desejos. O mundo que nos rodeia, o ambiente envolvento, o Outro, são muitas vezes utilizados como desculpas, para não crescermos, para não evoluirmos, que o mais inexorável que existe no Universo. Nascemos para evoluir. No entanto passamos todas as nossas vidas, a, INvoluir; desdo o momento do nascimento que nos vamos afastando da evolução. Esquecemos em vez de recordarmos quem verdadeiramente SOMOS. Vamos ao longo dos anos, ficando cada vez mais distantes da origem, da essência, do Ser que realmente Somos, para nos embrenharmos numa busca sem fim, de quem somos a partir do que fazemos.
Chegam as 1ªs {+] encruzilhadas [+} na nossa vida e aí nos vamos dando conta do equivocados que andávamos. Afinal não somos aquilo que pensávamos que éramos. Questionamo-nos e não entendemos porque. Temos um impasse, que queremos a todo o custo, ultrapassar.
Depois de muitas e muitas tentativas falhadas, vamos admitindo, a custo, que o mellhor é não resistir, e simplesmente assumir, sem rodeios que somos apenas e simplesmente - pessoas.
Iguais entre iguais, com as minímas diferenças, para que nos possamos distinguir apenas nos pequenos detalhes. Pessoas que querem s i m p l e s m e n t e SER.

27 de fevereiro de 2009

Imigrantes...na Galiza, em Portugal e no Mundo


Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, Cantar de Emigração, José Afonso

26 de fevereiro de 2009

"Anxos" e "Demónios" nas Eleições Galegas 2009



Como emigrante na Galiza, no próximo dia 1 de Março, não poderei votar. Apesar de viver aqui á já mais de um ano e cumprir com todos os deveres que um normal cidadão cumpre para com o estado espanhol, não terei o direito de voto. Ao contrário, os netos de galegos imigrados na Argentina, como em quase todo o mundo, poderão fazê-lo, apesar de não saberem sequer onde fica a capital da Galiza. É neste contexto, em que decorrem as actuais eleições autonómicas em Espanha que eu me enquadro. Devo dizer que aqui me sinto acolhido como em casa. Sinto-me em casa. Em muitos aspectos, tanto no plano dos serviços sociais, como da administração pública, tenho que dizer que o seu funcionamento é exemplar (á luz do que se passa no meu país). Posso usufrir de todos os direitos a que, um cidadão espanhol ou galego, aspira.
Nestas eleições, não podendo exercer o único direito básico da democracia representativa, posso (ainda) exercer da democracia participativa, que é precisamente o que estou fazendo - escrever o que penso neste blog. Por isso rompi o longo silêncio destas ruidosas semanas de pré e pro-campanha eleitoral para falar dos "Anxos" e dos "Demónios" que por aqui se apresentam.
Não sou, por natureza uma pessoa apologista dos nacionalismos. Os nacionalismos que temos neste momento a emergir e nalguns casos, em destacados lugares de poder de vários governos europeus, são um retrocesso muito perigoso ao terrorífico e negro passado da história europeia. Partidos neo-nazis, de extrema-direita, xenófobos, tem representação nas mais altas esferas dos vários orgãos da União Europeia. São um forte bloco, unido, activo e nalguns preocupantes casos, com grande poder de influência. Assim foi como Hitler chegou ao poder e quase que reinou a Europa inteira, com o aterrador holocasto que destruiu milhões de vidas humanas...
Quando aqui cheguei, naturalmente a minha preocupação era pelo facto de haver um partido nacionalista no poder. Por total ignorância, desconhecia por completo as suas bases históricas e fundacionais. Desconhecia por completo a realidade galega. O seu programa, as suas ideias, os seus projectos e a sua acção no governo. Não é que hoje possa falar com mais circusntância que há um ano atrás. Posso falar da vivência directa e da experiência directa. Este é um nacionalismo de raiz destinta dos demais. O nacionalismo do BNG, como o vejo de fora, é um nacionalismo internacionalista, digamos. É solidário com os povos palestina, Sarauhi, como nós portugueses fomos com o povo de Timor. Teria em Portugal como referência o Bloco de Esquerda. Um movimento de movimentos, um conjunto de várias tendências, que se alinham, desde os mais alternativos - ligados ao Forum Social Mundial, até aos mais centristas, como Anxo Quintana, que buscam o consenso com os Socialistas Galegos do PSdG, partido maioritário no governo de bipartido que governou na actual legislatura.
Como observador interessado, direi que no conjunto e sem ter uma comparação vivenciada, este parece-me ser um bom exemplo de governo: um governo de minoria, onde a negociação é fundamental, onde as políticas são consensuadas e tem que buscar estar acima das visões monopartidárias, típicas dos sistemas maioritários. Um governo em que cada partido tem que prestar contas pelo seu ministério, e simultaneamente ser solidário com as políticas do governo no seu todo. Um governo com uma política social ampla, participativa e dirigida para os interesses dos cidadãos (da Galiza, em particular); que aposta no ambiente, na habitação "socializada", no meio ambiente e no desenvolvimento sustentável. Um governo que tem na inovação uma forte aposta, e que tem feito elevados investimentos nessa área (A Galiza é uma das regiões que mais se desenvolveu nos últimos anos na inovação).
Dizendo de esta forma, poderia ser fácil de concluir quem são os "anjos" e quem são os "demónios" - os outros: os do PP e eventualmente alguns do PSdG, que está "algemado" ás políticas macro-económicas do PSOE e do governo central (e o PP da oposição central).
Esta realidade não é assim tão simples. Direi já, para que não fiquem dúvidas, que se pudesse, votaria BNG. Ainda que nem só de "Anxos" vivam os nacionalistas... também eles tem, como todos, os seus "demónios"... Mas uns tem mais "demónios" que outros. Para mim o maior de todos os "demónios" do PP é a sua política para a imigração. Na pior linha dos nacionalismos xenófobos da extrema-direita europeia. Com isso não posso pactuar.
Também o PSdG tem os seus "demónios", pela sua subjugação aos interesses macro-nacionais da grande Espanha, que o amarram, sem que possa ter uma visão mais local, e que eventalmente, alguns dos seus 'anjos' desejariam poder desenvolver.
No momento actual tudo pode acontecer. Qualquer das forças em combate pode vencer esta batalha. Termino deixando o apelo: entre "Anxos" e "Demónios" que venham os que podem usar do seu direito de voto e que, em consciência, votem - por nós imigrantes que não o podemos fazer.

18 de fevereiro de 2009

O mais belo tema sobre a Mudança



Sendo um dos mais belos projectos musicais portugueses dos últimos anos, que reúne grandes figuras da música pop lusitana - Humanos - este é sem dúvida, para mim, um verdadeiro hino á Mudança. Diz-nos neste magnifíco poema, António Variações - um grande visionário da música pop dos anos 80 - que estamos sempre a tempo de mudar.
Quando vemos na mudança uma oportunidade de crescer, essa mudança é um maravilhoso convite para evoluirmos. Assim podemos, como no poema, ver a vida não como um castigo que temos que viver, mas sim como uma caminhada prazeirosa na senda da transformação.

17 de fevereiro de 2009

"Crise" e Humor



John Bird y John Fortune são dois stand-up comedians ingleses 'especialistas' em humor político. Pois esta dupla de humoristas britânicos (conhecidos por “The Long Johns”) realizaram uma paródia televisiva na que um deles (jornalista) entrevista a George Parr, um fictício agente de investimentos. O vídeo está circulando á algum tempo na net, (...) é uma das mais bem humoradas explicações sobre o momento actual...

Texto baseado no post original em castelhano publicado no blog:
http://www.maikelnai.es